quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Feliz no Natal!!!!

No dia 22 de Dezembro… O Natal estava à porta e como é típico nas nossas bandas, metade das compras ainda não tinham sido feitas.
Eu falo por mim, já tinha comprado o que não devia, gasto o que não tinha e agora reparava que o mais importante ainda não exista no frigorífico nem na despensa. Mas tinha comprado coisas bonitas para mim e para os meus, coisas que provavelmente só eu ia achar graça. Mas estava feliz e com o espírito de Natal a abarrotar com o saldo negativo e com os cartões de crédito em níveis nunca antes atingidos.
Mas estava feliz…
Mais uma vez ia festejar o aniversário de um pirralho que nem é da minha família ou de algum amigo chegado.
Ia comer, beber, fumar… tudo em honra do puto.
Ele merece!
Esperava que todo o mundo entrasse nesta festa.
É só uma vez por ano e como tal deixamos de ser sovinas e gastamos tudo o que temos e o que não temos.
Ia-mos todos dar as mãos, Ia-mos todos cantar!
Entrei numa loja, num centro comercial qualquer e até me vieram as lágrimas aos olhos com tanto ESPIRITO de natal.
Vi crianças a gritarem com os pais porque não queriam aquela boneca. Queriam a outra que está na prateleira de cima, que é igualzinha, mas que tem uma marca que a torna na prenda ideal e só custa o dobro da primeira.
Vi pais a encherem as malas dos carros com garrafas, chocolates, bolos… tudo coisas de primeira necessidade.
O Natal é uma coisa boa… há harmonia entre os homens!

No dia 25 de Dezembro, acordei ainda mais feliz!

“Aleluia! Já Nasceu!!!”
“Estou muito Feliz!”

Daqui a pouco ia começar a tradicional abertura das prendas, o habitual “Muito Obrigado”!

O Dia estava lindo, não havia nuvens, só céu azul e sol.
Na lareira já crepitava a madeira de azinho, mesmo que não estivesse muito frio dentro de casa era necessário haver um lume para queimar o papel de embrulho. Neste dia não haveria recolha do lixo e se cada um queimasse o seu papel e caixotes, ou quem não tivesse uma lareira ou quintal para queimar os restos, ficasse com eles em casa, as ruas não ficavam com o aspecto terceiro mundista que era habitual nestas alturas.
Lentamente a malta lá se foi juntando na sala…
Eu estava muito feliz!
E finalmente chegou a hora… trocas de prendas, beijinhos, mais trocas de prendas e novamente beijinhos.
As prendas que demoraram minutos a embrulhar eram em segundos desprovidas de todos os pedacinhos de papel, lacinhos e fita-cola.
Eu imaginava que a minha felicidade devia ser igual à de tantos outros por esse mundo fora.
Tinha chegado a minha vez!
Alguém depositou uma caixa nos meus braços, deu-me uma “bejufa” e desejou um Santo e Feliz Natal.
Tal como os restantes, tinha num abrir e fechar de olhos a minha prenda aberta… uma camisa aos quadradinhos!
Senti uma joelhada na minha felicidade, mas esta ainda era a primeira, e no meio de tantas prendas engraçadas há sempre uma que… enfim…
Foi-me depositado, mais uma e outra prenda nos braços, sempre acompanhada com uns beijinhos e umas felicitações.
Um Pulôver!
Um Casaco!
Umas Luvas!
Definitivamente o meu estado de espírito entrou numa espiral de Felicidade para um estado quase de depressão.
Mas mantive-me sempre com um sorriso amarelo e um “Muito Obrigado”!
Ai o camandro, para que queria eu uma luvas???
Se queriam dar roupa, porque não a davam ao puto recém-nascido? Segundo diziam tinha nascido algures numa gruta, num berço improvisado e envolto nuns trapos velhos.
Mas não, todos teimavam em me dar roupa.
Só me apetecia gritar:
“Vamos fazer uma coisa engraçada… cada um fica com o que comprou!”
Pensei inicialmente que isso seria uma boa ideia, mas também a tive que deixar de parte. Isto porque se o fizéssemos ia ficar com uns três ou quatro Cachecóis da Floribela, e umas três ou quatro T-shirts também da tal Ilustre persona.
Azar!
Mas o Natal é uma vez por Ano, ao contrário daqueles que gostam de oferecer roupa, e que dizem que o Natal é sempre que o homem quer.
Para o Ano que vem… talvez alguém se digne a oferecer-me qualquer coisa apropriada.
Uma Aparelhagem de som!
Um Portátil!
Uma Play Station!


Um Feliz Natal Para todos são os votos do Procrastinador

terça-feira, 5 de dezembro de 2006

Uma Aventura

Vou contar uma aventura acabadinha de se realizar!

Local: Primeiro andar do meu local de Trabalho (sim eu também tenho um local de trabalho)

Fui à casa de banho... quando estava a entrar na casa de banho ouvi uma voz a dizer:
"Espere, necessito de falar consigo!"
A porta fechou-se e eu dirigi-me a um urinol. Sinto a porta do WC abrir e a mesma voz recomeça:
“É só dois segundos…”, começa a despejar qualquer coisa sobre uma impressora HP1100. Eu entretanto comecei a despejar o que tinha na bolha...
A voz continuava a matraquear sobre não sei quantas impressões...
Acabei de mijar...
Dei as sacudidelas da ordem...
Fechei os botões das calças e virei-me para lavar as mãos.
A voz continuava a palrar, agora já ia em qualquer coisa sobre uma aplicação... e eu comecei a lavar as mãos...
Quando terminei e sequei as mãos tive que interromper a tal voz. Disse-lhe que não percebi nada do que estava para ali a dizer... uma vez que estava a dar uma mija, e que certamente também não gostava de me ter na casa de banho a tagarelar enquanto fazia o mesmo.
A "SENHORA" (sim era uma senhora!), abriu muito os olhos, olhou para todos os lados, ficou muito vermelha e saiu disparada da casa do WC dos homens.
Eu abandonei de seguida o mijatório, à espera de encontrar a senhora na parte de fora à minha espera, mas nada!
A Senhora tinha desaparecido numa questão de segundos.
Surge-me agora uma questão…
Será que a senhora se evaporou, porque não gostou da minha resposta?
Ou será que ao reparar, que estava numa casa de banho para homens a palrar como se estivesse no café da esquina, ficou de tal forma envergonhada que se foi enfiar num canto escuro algures no Edifício onde trabalho???

MENTIRA

Tenho vindo a acompanhar na TSF uma rubrica em que se aborda todos os dias um Filósofo diferente sobre o tema "MENTIRA" e tenho ouvido coisas muito engraçadas. Uma Lili Caneças a dizer que "estar vivo é o contrário de estar morto"... é daquelas coisas que nos fazer sorrir mas um filósofo de
Renome, dizer que a mentira é o inverso da veracidade... enfim parece-me um pouco estúpido demais para alguém cuja função é pensar!!!
Tenho ouvido coisas engraçadas tipo do género...
A mentira é moralmente e éticamente aceite e em muitos casos exigível!
Meus amigos, como tenho andado enganado durante estes anos todos. A minha velhota prendava-me quase todos os dias com um par de estalos para eu aprender a não mentir.
“Mentir é feio!”
“Só os meninos feios mentem!”
E agora, depois de ter levado uma infância a levar no pelo, vêm dizer que afinal a mentira é moralmente e eticamente aceite. Pior ainda… que em muitos casos é exigível!
Eu desde tenra idade a fazer o que estava bem e a sociedade a alienar-me durante esse período, o mais importante da enculturação.
Agora reparem:
Se uma senhora nos perguntar se está gorda, a sociedade, a ética e a moral exigem que um homem diga:

"Não senhora está muito bem assim!"
Mas se for uma mulher a responder... mesmo que a outra esteja mais magra que nem um caniço, diz qualquer coisa como:

"Estás mais gorda!" ou
"Pensei que estavas grávida!" ou
“Querida, hoje em dia os homens gostam de mulheres com grandes curvas!”

Outro exemplo:
Se a mulher perguntar ao marido ou namorado se lhe anda a pôr os cornos; tal como em relação ao peso o homem deve sempre dizer
"Claro que não!” Seguido de um “fofinha... na minha vida só existes tu!"

Mas se for uma mulher a perguntar a uma amiga, a resposta passa a ser:
"Não tenhas dúvidas!” ou
“Claro que sim!” seguido de “não acredites no que ele diz... ele deve andar enrolado com uma vadia qualquer!" ou
“Os homens são todos iguais!”

Onde quero chegar é que em ambos os casos a resposta foi uma MENTIRA exigida no momento.