terça-feira, 28 de novembro de 2006

A verdadeira História…

Meus Amigos,

Descobri recentemente que há muitas pessoas que desconhecem o que aconteceu no dia 25 de Dezembro. Em inquéritos feitos na rua um grande número de abordados, respondia com coisas tão disparatadas como “ o Dia da Independência”.
Afinal o que aconteceu? Porque será esta data recordada todos os Anos?
Se isto fosse uma reportagem, os intervenientes iriam aparecer com a cara desfocada ou tapada com a voz distorcida electronicamente. Mas como não se trata de um trabalho jornalístico com imagem e som, decidi unicamente alterar o nome das partes, bem como ignorar o nome dos locais onde se desenrolou os acontecimentos, protegendo assim o direito ao anonimato.
Ora bem, a História passou-se à uns anos numa Aldeola onde todos os habitantes seguiam as normas da boa conduta.
Os Homens todas as noites reuniam-se na Tasca a enfrascar e a jogar à sueca enquanto as mulheres ficavam em casa a cozer as meias, a limpar a casa ou na fofoca umas com as outras, à espera do regresso dos maridos para o tradicional enxerto de porrada, seguido de uma sessão de sexo rápido unilateralmente consentido.

Entretanto surge um marmanjo que começa a namoriscar uma maluca muito prendada lá da terra.
Um dia, a tal maluca, vamos chamar-lhe “MARIA” (nome Fictício), disse ao marnajo que estava grávida. Ele ficou em pânico... porque estava certo que ia levar nas trombas do pai dela.
Uma vós dentro dele dizia: "O Filho não é teu! O Filho não é teu!" Ele começou a matutar no assunto.
Não se lembrava de ter dado qualquer pinocada com a "Maria" (nome Fictício), mas como normalmente os encontros aconteciam depois da ida à tasca, não tinha qualquer certeza.
Entretanto começaram a surgir alguns boatos, de um velho barbudo, com botas de cano alto pretas e com um casaco vermelho, ter sido visto, várias vezes, a altas horas da noite a rondar a casa onde morava a "Maria" (nome Fictício).
O marmanjo, vamos chamar-lhe "José" (nome Fictício)... Decidiu ter uma conversa com a "Maria" (nome Fictício). Não estava disposto a levar uns acoites do pai dela e ser obrigado a casar, se não fosse mesmo o pai da criança.
E assim foi, encheu-se de coragem e perguntou à "Maria" (nome Fictício) se tinha dado alguma cambalhota com outro homem, e já agora, se alguma vez tinha dado alguma cambalhota com ele...
A "Maria" (nome Fictício) inicialmente ainda respondeu que isso não interessava nada, que o mais importante era o Amor, mas "José" (nome Fictício) tanto insistiu que ela lá confessou nunca ter dado uma cambalhota com ele e que realmente tinha tido um caso sem importância com, vamos-lhe chamar-lhe, "Espírito Santo" (nome Fictício).
"José" (nome Fictício) começou aos Gritos:
"Ai Jesus! Ai Jesus, que o teu pai mata-me!"
E “Maria” (nome Fictício) respondeu-lhe:
"É isso! Não mexas mais! Vamos chamar-lhe “Jesus” (nome Fictício) se for menino e Hermengarda (nome Fictício) se for menina!"
"José" (nome Fictício) pensou um bocado e achou que era um nome bom para um filho seu e o melhor para um filho que não era seu...

Na época dos factos, as mulheres tinham menos valor que excremento de um abutre, até havia uma lei que permitia aos homens apedrejar até à morte uma mulher adúltera.
Foi aí que "Maria" (nome Fictício), apesar de ser analfabeta de pai e de mãe de parva não tinha nada, se lembrou de inventar a história que hoje quase todos conhecem. O "José" (nome Fictício) que tinha aquele cérebro completamente avinhado encarregou-se de espalhar a história na tasca lá do bairro.

Inicialmente pareceu que a história ia pegar, se não fosse o caso de uma prima da “Maria” (nome Fictício), vamos aqui chamar-lhe de “Isabel” (nome Fictício), que segundo diziam as más-línguas era estéril, ter engravidado.
A “Isabel” (nome fictício) era uma cota, já mesmo muito cota, casada com, vamos chamar-lhe “Zacarias” (nome Fictício), que era além de Sacerdote, um grande pieleiro com problemas de testosterona.
Segundo testemunhas também aqui tinha sido avistado um sujeito barbudo, com botas de cano alto pretas e com um casaco vermelho a rondar a casa, da prima de “Maria” (nome Fictício), a altas horas da noite.
Também aqui, após insistência de “Zacarias” (nome fictício), “Isabel” (nome fictício) confessou ter tido um caso com um tal de "Espírito Santo" (nome fictício).
O Sacerdote "Zacarias" (nome fictício), parece que começou aos Gritos:
"Ai João! Ai João, que eu vou-te matar!"
E “Isabel” (nome Fictício) respondeu-lhe:
"É isso! Não mexas mais! Vamos-lhe chamar João (nome Fictício) se for menino e Joaquina (nome Fictício) se for menina! E já agora, não me mates porque depois ficas sem ninguém para te cozer as meias e para dares o tradicional enxerto de porrada, seguido de uma sessão de sexo rápido unilateralmente consentido quando voltas da Tasca.”
"Zacarias" (nome fictício) acalmou, pensou um bocado e achou que era um nome bom para um filho seu e o muito provavelmente o melhor para um filho que não era seu...
Para agravar a situação, já em si bastante periclitante, surge a notícia que, “Herodes” (nome fictício), que era o manda chuva lá da terra, andava à procura de um individuo barbudo, com botas de cano alto pretas e com um casaco vermelho, que tinha sido avistado a rondar a moradia dele a altas horas da noite e cuja mulher estava grávida.
Segundo o que consta, “Herodes” (nome fictício) queria-lhe fazer a folha e mais… fazer a folha a todos os que sabiam que o tal noctívago barbudo, com botas de cano alto pretas e com um casaco vermelho, era o responsável pelo aumento dos índices de natalidade da terreola.
Lançou uma mega operação de captura com o nome de código “Pai Natal”.
Isto foi o bastante, para “José (nome Fictício) fugir com “Maria” (nome Fictício) durante a calada da noite.
Sabe-se que andaram escondidos de residencial em residencial, tendo durante esse período, o “José” (nome Fictício) deixado de beber, aproveitando para se dedicar mais à “Maria” (nome Fictício).
Até que num lindo dia, estavam os dois a comer uns pasteis, a “Maria” (nome Fictício) entrou em trabalho de parto. No meio da aflição recolheram-se num abrigo, que posteriormente se veio a constatar tratar-se de um abrigo para o gado, e foi aí que nasceu a criança!
Mas a história meus amigos, não acaba aqui!
O manda chuva lá da terra, entretanto continuava a operação com o nome de código “Pai Natal”.
Limpou o sarampo a todos os velhotes que apareciam de barbas, botas de cano alto pretas e casaco vermelho, bem como a todos os filhos bastardos dos velhotes.
Falta ainda acrescentar que uns dias após o nascimento da criança, que como era menino se passou a chamar “Jesus” (nome Fictício), apareceram três marmanjos para visitar o casal de fugitivos.
Vinham supostamente a seguir uma estrela… uns meses antes cada um tinha encontrado a sua.
“Maria” (nome Fictício) tratou uns dos sujeitos pelo nome de “Gaspar” (nome Fictício) o que espantou um pouco “José” (nome Fictício), mas não aprofundou de onde se conheciam.
Após o nascimento do puto “José” (nome Fictício) tinha voltado a enfrascar e a jogar à sueca, enquanto agora a mulher ficava a mudar as fraldas ao Pirralho, de forma que durante a visita estava quase em coma alcoólico e pouco mais disse do que abrir a boca e vomitar.
Segundo, novamente fonte segura, “Maria” (nome Fictício) terá discutido com os outros dois visitantes. A conversa, parece ter rondado à volta da Prima “Isabel” (nome Fictício) e o facto de não respeitarem a terceira idade, bem como da mulher de Herodes (nome Fictício). Tendo quando a esta dito qualquer coisa como:
“Baltazar, se ela é branca o marido é branco, como querias tu que não dessem conta se o filho nasceu preto?”
Meu amigos… foi este episódio que marcou para todo o sempre a data 25 do décimo segundo mês de cada ano.
Há outras versões igualmente credíveis como esta, mas será que alguma vez vamos ter a certeza absoluta dos factos???
Com o tempo as testemunhas vão desaparecendo, os sobreviventes já pouco ou nada se lembram… por isso o signatário lança aqui o repto:
Se alguém souber de testemunhas vivas que possam ajudar para desvendar na totalidade este mistério que avance. Não podemos deixar que daqui a alguns anos os poucos que hoje se lembram o que é o Natal, comecem a responder em inquéritos feitos na rua que no dia 25 de Dezembro se festeja o “Dia da Independência”.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tenho o ligeiro pressentimento que o procratisnador é um dos muitos "Evangelistas" desaparecidos, ouso mesmo dizer que a "secreta" do Vaticano já deve andar na peugada do mesmo para destruir mais este "Evangelho" revelador e bombástico...