segunda-feira, 7 de julho de 2008

Milagre

Milagre, miraculum, vem do verbo latino mirare, que significa admirar-se, maravilhar-se. Tem carácter extraordinário, fora do comum...

É Algo que aconteceu e não tem explicação à luz da Ciência da época; facto inexplicável; Algo que ninguém acredita ser possível.

O Procrastinador deve ter apanhado uma valente insolação na caixa córnea e agora está afectado da mioleira, pensa o muito estimado amigo leitor… é provável! Mas o mais plausível é que isto seja mesmo um problema de nascença.

Mas voltando ao Milagre…

EXISTEM MILAGRES GRANDES E MILAGRES PEQUENOS?

Meus amigos… assim como não há “mentiras grandes” ou “mentiras pequenas”, “pecados grandes” ou “pecados pequenos”, também não há “milagres grandes” ou “milagres pequenos”. Só existem em tamanho único, tal como para as mentiras e pecados.

Claro que eu não sou especialista em teologia, e posso estar a dizer uma grande asneirada. Tenho quase a certeza que se o bispo Jacques Perrier ler este post e um dia tiver a honra de privar com o procrastinador, o tema certamente que vem à baila. Isto porque Perrier, tem andado a trabalhar numa proposta que designe as curas que ocorrem na Basílica de Lourdes, que enviará para aprovação do Vaticano.

Ou seja, Todos os anos, milhares de pessoas deixam a Basílica de Lourdes convencidas de que foram curadas. Mas segundo as regras da Igreja, os médicos devem atestar que a doença era incurável e como na maioria das vezes se tratam de curas de “doenças simples” o bispo Jacques propõe o Chamado "milagre light" para os milagres mais “brandos”.

Hume no famoso décimo capítulo de Uma Investigação acerca do Entendimento Humano diz: "Um milagre é uma violação das leis da natureza".

Qualquer lei relacionada com milagres poderia ser considerada um paradoxo, uma vez que o milagre parece ser contrário à lei natural. Entretanto, podemos definir o milagre por sua relação com a lei. Sem lei não há milagres.

À Medida que aumenta a compreensão científica do mundo físico, decrescem os milagres.

É correcto considerar o desaparecimento de uma simples dor de cabeça um milagre?

Sim, se for Light!

A obtenção de um bom emprego pode ser indício de um milagre?

Sim, se for Light e não houver cunhas pelo meio!

A ascensão financeira pode ser aceita como um milagre?

Sim, se for Light e não ter acertado no Euromilhões!

O que realmente é um milagre?

Qual a verdadeira finalidade de um milagre?

Vamos meditar um pouco...

Ana Maria Brandão, funcionária administrativa na Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, de 43 anos, que esteve de baixa uma carrada de anos devido a uma operação cirúrgica mal sucedida a uma hérnia discal, em 1998, que a deixou fisicamente limitada.

Lembram-se???

Se não se Lembram…

Então deitem uma olhadela na compilação de noticias que se segue:



Compilação de Noticias

Ponte de Lima: Junta Médica dá alta médica polémica
04-11-2007 – Diário Digital

Uma funcionária pública que estava de baixa há três anos devido a uma operação cirúrgica mal sucedida, que a deixou fisicamente limitada, foi notificada pela Caixa Geral de Aposentações para se apresentar, segunda-feira, ao serviço.

«É uma situação inadmissível, revoltante, injusta e, acima de tudo, desumana», disse hoje à Lusa Ana Maria Brandão, de 43 anos, funcionária administrativa na Junta de Freguesia de Vitorino de Piães.

Depois de uma operação mal sucedida a uma hérnia discal, em 1998, Ana Maria é hoje obrigada a usar um colar cervical dia e noite, uma braçadeira no braço direito e uma cinta lombar.

«A minha dependência de terceiros é total, mas amanhã, às 09:00, lá estarei, na sede da Junta de Freguesia, para pegar ao serviço«, diz, acrescentando que que não consegue escrever, »nem virar uma página«, abrir uma porta, pegar numa pasta, andar mais de 20 metros sem ajuda, ou ir à casa de banho sozinha.

Em Fevereiro de 2006, Ana Maria foi a uma Junta Médica da ADSE, que a terá considerado incapacitada para o trabalho.

«Mas entretanto uma outra Junta Médica, na Caixa Geral de Depósitos de Viana do Castelo, disse que não senhora, que ainda podia trabalhar, que ainda era muito nova para a reforma e, na sexta-feira, sou informada pela Junta de Freguesia que tenho ordens para voltar a pegar ao serviço», criticou.

«Vou ter que ir com o meu pai e ele vai ter que ficar lá o dia todo comigo, porque nem sequer me posso baixar para apanhar um papel que eventualmente deixe cair ao chão«, acrescentou.

Ana Maria tem vindo, nos últimos anos, a ser acompanhada por um neurocirurgião, um psiquiatra e um fisioterapeuta, além do seu médico de família.

«Tenho uma lombalgia e uma cervicalgia degenerativas. Se eu peço a reforma é porque sei que não tenho cura. Tomara eu poder sentir-me em condições de voltar ao trabalho e de fazer uma vida normal», desabafou.

Já participou mesmo o seu caso à Procuradoria-Geral da República, que a aconselhou a defender os seus interesses pelas vias judiciais, uma vez que o assunto «não se insere no âmbito da intervenção» daquele organismo.

«Não queria ir por aí, porque somos uma família de parcos recursos e toda a gente sabe como os processos em tribunal são morosos e dispendiosos. Mas essa é uma hipótese que tenho que equacionar, em nome da justiça e da minha própria dignidade«, disse ainda.


Ponte de Lima: Diz junta médica
Vai trabalhar sem se mexer
05 Novembro 2007 - Correio da Manhã

Uma mulher que ficou quase paralisada quando foi submetida a uma operação que a deixou incapacitada para o trabalho foi notificada para se apresentar ao serviço na manhã de hoje, na Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, em Ponte de Lima.

Ana Maria Brandão já se encontrava de baixa há quase três anos, tendo em Março de 2006 sido dada como incapacitada para o trabalho por uma junta médica da ADSE. Após uma intervenção cirúrgica mal sucedida, a funcionária da autarquia, que sofria de hérnia discal, viu-se forçada a usar sempre colar cervical, uma braçadeira no braço direito e uma cinta lombar.

“Estou em situação de dependência total, com os meus pais e também o meu irmão a ajudar-me a vestir. Não consigo escrever, abrir uma porta, nem andar 20 metros sem necessitar de ajuda”, referiu Ana Maria Brandão, que no entanto vai apresentar-se hoje, às 09h00, na sede da junta de freguesia.

“Em 28 de Setembro, a nova junta médica, com a presença de um director da Caixa Geral de Depósitos – e não da Caixa Geral de Aposentações – concluiu que era muito nova para reformar-me”, disse ontem ao CM.

Segundo a funcionária autárquica, “ao receber a comunicação da Caixa Geral de Aposentações, o presidente da junta de freguesia disse logo que mais valia ter as portas fechadas do que eu estar naquelas condições, porque além de não poder fazer nada e mesmo assim necessitar da presença do meu pai, enervo-me com uma situação injusta e desumana, pois como eu ganho 370 euros, se não for reformada por causa da incapacidade fico com 200 euros, o que não dá para medicamentos”.


Até reapreciação do caso
Funcionária sem mobilidade de baixa
05 Novembro 2007 - Correio da Manhã

A funcionária da junta de freguesia de Vitorino Piães, Ponte de Lima, que foi obrigada a voltar ao trabalho depois da Caixa Geral de aposentações lhe ter negado a reforma por invalidez, após uma operação mal sucedida a uma hérnia discal que lhe retirou parte da mobilidade, vai entrar de novo em baixa médica, por indicação do Ministério das Finanças, até que o caso seja reapreciado.
Segundo o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, "ninguém pode ficar indiferente e insensível a esta situação. No entanto, a decisão foi baseada em pareceres médicos, recordou o governante.

"É obvio que a situação tem de ser reanalisada e reapreciada", disse o ministro, acrescentando ter dado indicações à Caixa Geral de Aposentações para "proceder de imediato à reanálise" e para que a funcionária seja "submetida a novos exames clínicos".

Contactada pela rádio TSF, Ana Maria Brandão agradeceu a Teixeira dos Santos, mas lamentou ter de expor a sua vida e a da sua família.

Equipada com um colar cervical, que é obrigada a usar dia e noite, uma braçadeira no membro direito e uma cinta lombar, Ana Maria Brandão apresentou-se esta segunda-feira no seu posto de trabalho, depois de a Caixa Geral de Aposentações lhe ter negado a reforma por invalidez.

“Venho para aqui fazer sala e, mesmo assim, vamos ver quanto tempo aguento nesta posição”, afirmou Ana Maria, depois de, com muitas dificuldades e com a ajuda do pai, ter subido os cinco degraus que a separavam da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, em Ponte de Lima.

Dada a fraca mobilidade, a funcionária administrativa escolheu uma cadeira, de madeira, bem encostada à parede, para cumprir o seu horário de trabalho. “É uma situação inadmissível, revoltante, injusta e, acima de tudo, desumana”, desabafou Ana Maria.

A funcionária administrativa perdeu grande parte da sua mobilidade após uma cirurgia mal sucedida a uma hérnia discal, em 1998. Ana Maria não consegue escrever, nem virar a página de um livro ou jornal, abrir uma porta, andar mais de 20 metros ou tão simplesmente ir à casa de banho sozinha.

Em Fevereiro de 2006, uma Junta Médica da ADSE considerou-a incapacitada para o trabalho. “Mas entretanto, uma outra Junta Médica, na Caixa Geral de Aposentações de Viana do Castelo, concluiu que não senhora, que ainda podia trabalhar, que era muito nova para a reforma e, na sexta-feira, fui informada pela Junta de Freguesia de que tinha ordens para voltar a pegar ao serviço”, explica Ana Maria, que estará sempre acompanhada pelo pai.

À chegada, dezenas de populares não deixaram de prestar o seu apoio para com Ana Maria, considerando que se trata de um situação de “injustiça”. O presidente da Junta, Luís Lima, defendeu mesmo o julgamento dos elementos da Junta Médica, que deram alta à funcionária. “Tal como se julgam as pessoas que matam, que roubam, que andam na droga, também se deviam julgar os responsáveis por esta situação, que estão a roubar a esta mulher o pouco que lhe resta da sua saúde”, afirmou o autarca.

“Tenho uma lombalgia e uma cervicalgia degenerativas. Se eu peço a reforma é porque sei que não tenho cura. Tomara eu poder sentir-me em condições de voltar ao trabalho e de fazer uma vida normal”, desabafou Ana Maria, que depende totalmente dos pais.



Ponte de Lima: cumpriu o primeiro dia no posto de trabalho
Ministro deu-lhe baixa
06 Novembro 2007 - Correio da Manhã

A funcionária da Junta de Piães (Ponte de Lima) que cumpriu ontem o primeiro dia de trabalho, apesar de não ter quaisquer condições de mobilidade para o serviço, garante que voltará a apresentar-se hoje de manhã nas instalações da junta, por não ter sido notificada da nova baixa, anunciada pelo ministro Teixeira dos Santos.

Ana Maria Brandão passou o dia na Junta de Freguesia de Piães, sentada, sem poder trabalhar. Contou com o apoio do pai, Francisco Brandão, que a ajudou a deslocar-se, e dos amigos, que até lhe calçaram umas pantufas para combater o frio.

“Cá estou para pegar ao serviço”, disse Ana Maria, que presta funções administrativas na junta de freguesia. Lá dentro escolheu uma cadeira dura, de madeira, e esteve o “mais quietinha possível para minimizar o sofrimento”.

A funcionária, que está dependente dos familiares para as tarefas mais simples, desde a alimentação ao vestuário, encontra-se nesta situação desde 1998, devido a uma operação mal sucedida a uma hérnia discal, em Viana do Castelo. Usa uma colar cervical dia e noite, uma braçadeira e uma cinta lombar.

Ontem, depois da comunicação social dar a conhecer o caso, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou que a Caixa Geral de Aposentações vai reapreciar o processo e a funcionária entrará de novo em baixa médica.

“Ninguém pode ficar indiferente e insensível a um caso destes, apesar de ter sido originado pelos pareceres médicos, afirmou o ministro. A decisão agradou a Ana Maria Brandão, mas esta tem consciência de que não pode regressar enquanto não for notificada.“Não posso ir para casa só porque soube pela imprensa das declarações do senhor ministro. Não tendo outro remédio que não seja voltar já amanhã ao trabalho”, esclareceu a funcionária, adiantando: “O que eu tenho é um fax da Caixa que anuncia a breve prazo uma junta médica de revisão do meu caso, a realizar no Porto”.

PERFIL
Ana Maria Brandão, de 43 anos, é natural da freguesia de Vitorino de Piães, Ponte de Lima.Antes de trabalhar na junta de freguesia, esteve como empregada de escritório da Valutêxtil, uma fábrica de confecções em Barcelos.

Solteira, vive com os pais e o irmão, que lhe dão todo o apoio, porque passa o tempo em casa. Tem o 6.º ano de escolaridade.



Legislação publicada ontem prevê equipas só com médicos
Novas regras nas juntas
10 Novembro 2007 - Correio da Manhã


O Decreto-Lei n.º 377/2007, ontem publicado em Diário da República, prevê que as juntas médicas, às quais compete avaliar o grau de incapacidade dos funcionários públicos, passem a ser compostas só por médicos. O diploma carece, porém, de regulamentação, pelo que só entrará em vigor após a publicação desta, “no prazo de 60 dias” a partir de ontem.

Os mais de 1100 processos em curso serão ainda abrangidos pelas regras antigas, pelas quais as juntas médicas só prevêem dois clínicos. O terceiro elemento (e presidente) é um director de serviço da Caixa Geral de Aposentações – ou alguém em que ele delegue a responsabilidade – ou um representante da ADSE se a verificação de incapacidade disser respeito a esta entidade.

RECURSOS SÃO NOVIDADE

Além de prever a composição das juntas exclusivamente por médicos, o diploma ontem publicado prevê a possibilidade de o requerente poder recorrer da decisão. Caso esta lhe seja desfavorável, pode então indicar um médico da sua escolha pessoal.

Aprovadas em Conselho de Ministros, a 12 de Julho passado, as novas regras foram anunciadas pelo primeiro-ministro, José Sócrates, como resposta à pública denúncia de vários casos de professores, com diagnóstico de cancro, que viram as aposentações recusadas pelas juntas médicas e que se viram obrigados a voltar a dar aulas.

Com o novo decreto-lei, todo o processo se inicia com um médico designado pela CGA, a quem cabe elaborar os relatórios clínicos que permitam depois à junta médica tomar conhecimento do caso e posteriormente pronunciar-se sobre a incapacidade ou não do trabalhador.As orientações técnicas das juntas, devem ser garantidas por um conselho médico, cujas competências e composição farão parte do decreto regulamentar a aprovar no prazo máximo de 60 dias.

Segundo apurou o CM, há actualmente 1161 processos pendentes com trabalhadores convocados para comparecer perante uma junta médica.

BAIXA CHEGOU POR DECISÃO DO MINISTRO

Ana Maria Brandão, a funcionária da Junta de Freguesia de Piães, em Ponte de Lima, que foi obrigada pela Caixa Geral de Aposentações a regressar ao trabalho apesar da reduzida capacidade de mobilidade e da quase total dependência dos familiares, só viu a sua situação minimizada quando o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou a atribuição de nova baixa médica à funcionária e ordenou a reapreciação do pedido de reforma por invalidez.

Obrigada a usar dia e noite um colar cervical, uma braçadeira no braço direito e uma cinta lombar, Ana Maria Brandão ainda teve que passar um dia no desconforto da cadeira e da secretária da junta de freguesia até que o seu caso mudasse de rumo. “Ninguém pode ficar indiferente e insensível a um caso destes”, reconheceu o ministro.

PORTA ABERTA AOS RECURSOS

Além de prever as novas regras para a composição das juntas médicas, o decreto-lei agora publicado permite, quando entrar em vigor, a possibilidade de o requerente (trabalhador) solicitar uma junta de recurso, o mesmo acontecendo com os serviços de que o subscritor dependa.

Estas juntas de recurso dependem de autorização da CGA, após requerimento justificado do subscritor ou seguindo proposta fundamentada dos serviços.

Ambos os recursos têm de ser apresentados no prazo máximo de dois meses após notificação do resultado do primeiro exame médico.

Obrigatoriamente, as juntas de recurso que vão decidir sobre casos já antes avaliados, mas cuja decisão é contestada por uma das partes, terão de ser compostas por dois médicos designados pela CGA, sem intervenção no processo anterior, e por um terceiro médico designado pelo requerente.Nos casos em que a decisão da junta médica seja desfavorável ao requerente, este vai ter de pagar uma taxa, cujo montante está ainda por definir e publicar, em diploma legal, pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos.

SAIBA MAIS

1972 é o ano do mais antigo dos três diplomas legais que ontem foram alvo de alterações. Os outros datam de 1997 (decreto-lei) e 1990 (decreto regulamentar).

1161 é o número de trabalhadores, segundo apurou o CM, já convocados para juntas médicas. A estes aplicar-se-ão ainda as regras antigas, a menos que passem 60 dias e já vigore a nova lei.

RELATÓRIO Processo inicia-se com a designação pela CGA de um médico relator. A este cabe, por exemplo, propor que a junta inclua peritos sempre que conveniente.

COMPOSIÇÃO As juntas passam a ser compostas por três médicos designados pela CGA, com o presidente a ser escolhido por cooptação entre eles. Os pareceres terão de ser fundamentados.

PROTESTO As novas regras abrem a porta às juntas de recurso quando o requerente, ou serviços, discordem da primeira decisão. O requerente pode indicar um médico para juntar a dois que não tenham participado no processo.



Médicos não fizeram exames
Funcionária foi a nova Junta
21 Novembro 2007 - Correio da Manhã

A funcionária pública de Ponte de Lima que exige a reforma antecipada devido aos seus problemas de saúde foi ontem avaliada por uma nova Junta Médica, no Porto, mas ainda desconhece a decisão.

“Não me fizeram quaisquer exames, apenas muitas perguntas, nomeadamente sobre como começou a minha doença e mandaram-me para casa, sem dizerem se vou para a reforma. Resta aguardar pacientemente pela decisão, mas espero que isto acabe de uma vez por todas”, referiu Ana Maria Brandão, funcionára na Junta de Freguesia de Vitorino de Piães. Ana Maria é portadora de uma lombalgia e de uma cervicalgia degenerativas.



Portadora de lombalgia e cervicalgia degenerativas
Negada reforma a funcionária de Ponte de Lima
29 Novembro 2007 - Correio da Manhã

A funcionária pública de Ponte de Lima portadora de lombalgia e cervicalgia degenerativas viu esta quinta-feira o seu pedido de reforma antecipada indeferido pela Caixa Geral de Aposentações (CGA).

A CGA, após uma avaliação de uma nova Junta Médica, no Porto, concluiu que a funcionária não se encontra “absoluta e permanentemente incapaz” para o trabalho, tendo assim indeferido o pedido de reforma antecipada de Ana Maria Brandão, de 43 anos.

Em reacção à decisão da CGA, a funcionária administrativa na Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, em Ponte de Lima, informou que vai interpor um recurso judicial, por considerar tratar-se de uma “injustiça do tamanho do mundo” e garantindo que não vai apresentar-se ao trabalho. Ana Brandão confessou-se ainda “farta” da exposição mediática a que teve de se sujeitar e à “completa devassa” a sua vida privada.

A doença de Ana Brandão surgiu depois de uma operação “mal sucedida” a uma hérnia discal, em 1998, no Hospital Distrital de Viana do Castelo. A funcionária é, hoje em dia, obrigada a usar dia e noite um colar cervical, uma braçadeira no braço direito e uma cinta lombar.

Quando regressou ao trabalho, a 5 de Novembro, após três anos de baixa, Ana cumpriu o seu horário laboral sentada numa cadeira e encosta da uma parede, acompanhada pelo seu pai.

O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, manifestou-se na altura solidário com a situação, anunciando que a funcionária entraria novamente de baixa até reavaliação do seu caso, o que aconteceu no dia 20 de Novembro.

Segundo Ana Brandão, na nova avaliação não lhe fizeram quaisquer exames, “mas apenas muitas perguntas”, designadamente sobre como surgiu a sua doença.



Ponte de Lima
Acamada chamada para o trabalho
30 Novembro 2007 - Correio da Manhã


De nada valeu a reavaliação do estado clínico de Ana Maria Brandão, funcionária da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, em Ponte de Lima, que viu novamente recusado o pedido de reforma antecipada por invalidez, apesar de só se deslocar com ajuda de terceiros. Há três anos que sofre de lombalgia e cervicalgia degenerativas, o que a obriga a viver praticamente acamada. Ainda assim, a Caixa Geral de Aposentações (CGA) não a considera “absoluta e permanentemente incapaz para as funções.”

O ministro das Finanças ficou sensibilizado com o caso quando, no início deste mês, Ana Maria foi notificada pela CGA para se apresentar ao trabalho. Essa decisão foi então suspensa e marcada nova junta médica.

“Estou desolada. Sinto-me completamente perdida e sem palavras. Não pedi nada a ninguém e não consigo compreender como podem tomar uma decisão destas”, lamentou-se ontem ao CM Ana Maria, admitindo que só resta recorrer aos tribunais. “É uma injustiça e logo numa altura em que fiquei acamada por causa de nova crise da coluna”, desabafou, dizendo que só irá trabalhar se for transportada de ambulância.



Junta médica negou-lhe reforma por invalidez
Funcionária acamada falta ao trabalho
30 Novembro 2007 - Correio da Manhã

Ana Maria Brandão, funcionária da Junta de Freguesia de Piães (Ponte de Lima), não compareceu esta sexta-feira no local de trabalho, após ter visto recusado pedido de reforma por invalidez, apesar de só se deslocar com o auxílio de terceiros.

A funcionária já tinha sido chamado ao trabalho, mas quando o caso foi divulgado pela comunicação social, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou que a Caixa Geral de Aposentações iria reapreciar o processo e que Ana Maria entraria em nova baixa médica.

Apesar de estar dependente de terceiros para as tarefas mais simples, como alimentação ou vestuário, uma nova Junta Médica não a considerou “absoluta e permanentemente incapaz para as suas funções”, tendo-lhe negado a reforma por invalidez.

Hoje deveria apresentar-se na Junta de Freguesia onde é funcionária, mas Ana Maria comunicou ao presidente que não iria.

“Estou desolada. Sinto-me completamente perdida e sem palavras”, lamentou-se ontem Ana Maria ao CM, admitindo que só resta recorrer aos tribunais.

Na sequência de uma operação mal sucedida a uma hérnia discal, realizada em 1998, Ana Maria perdeu a mobilidade, usando uma colar cervical dia e noite, uma braçadeira e uma cinta lombar.




Junta ameaça demitir-se em bloco
30 Novembro 2007 - Correio da Manhã

O executivo da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, Ponte de Lima pode vir a demitir-se em bloco, caso não seja concedida “rapidamente” a reforma à funcionária administrativa da autarquia.

Para o secretário da Junta de Freguesia, Carlos Lemos, o executivo daquela autarquia pode demitir-se em bloco, se “não for resolvido rapidamente com a atribuição da reforma antecidada” à funcionária, Ana Maria, que na última quinta-feira foi notificada pela Caixa Geral de Aposentações de que o seu pedido de reforma antecipado fora indeferido, por a junta médica ter entendido que ela “não se encontra absoluta e permanentemente incapaz” para o trabalho.

Para os elementos da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, eleitos em lista independente, “a situação tem tanto de injusto para a senhora como de insustentável para a Junta”.



Ana Maria, a quem recusam dar a reforma, está desolada
Só queria morrer e acabar com esta situação
01 Dezembro 2007 - Correio da Manhã

“Só queria morrer e acabar com esta situação toda. É muito triste andarem a gozar com a doença dos outros”, desabafou ontem ao CM Ana Maria Brandão, a quem a Caixa Geral de Aposentações não vê razões para reformar por invalidez, apesar de sofrer de lombalgia e cervicalgia degenerativas, o que a obriga a viver acamada.

Autarcas e populares de Vitorino de Piães, em Ponte de Lima, manifestaram-se solidários com Ana Maria, que não se apresenta ao trabalho na junta de freguesia local – cujo executivo pondera demitir-se em solidariedade com a funcionária –, face à situação de paralisia lombar.

“Não compreendo. Os médicos que me seguem dizem que não tenho hipótese de trabalhar nem de recuperar. A junta médica entendeu o contrário, com informações do psiquiatra Milheiros e do neurocirurgião Rui Vaz”, referiu, confirmando estar pronta a recorrer aos tribunais.



Ponte de Lima: Funcionária mete baixa
05 Dezembro 2007 - Correio da Manhã


Ana Maria Brandão, a funcionária pública de Ponte de Lima a quem a Caixa Geral de Aposentações não concedeu a reforma antecipada meteu ontem um atestado médico, entrando “de baixa” por mais 30 dias.



CGA recusou reforma antecipada
Funcionária pede junta médica de recurso
26 Dezembro 2007 - Correio da Manhã

A funcionária pública de Ponte de Lima, a quem a Caixa Geral de Aposentações (CGA) negou a reforma antecipada, vai pedir a realização de uma junta médica de recurso, assim que entrem em vigor as novas regras.

“Tenho que fazer tudo o que estiver ao meu alcance para corrigir a injustiça de que estou a ser vítima. Se eu praticamente não me consigo mexer, querem que trabalhe como”, pergunta Ana Maria Brandão.

As novas regras das juntas médicas determinam que estas passem a ser constituídas exclusivamente por médicos, um deles escolhido pelo doente.

Ana Maria, funcionária da Junta de Freguesia de Piães, em Ponte de Lima, tem o apoio do neurocirurgião que a acompanha há oito anos e “que se manifestou disponível para integrar essa junta médica”, intercedendo a seu favor, adiantou.

Após três anos de baixa, Ana Maria foi obrigada a regressar ao trabalho a 5 de Novembro, tendo cumprido o seu horário de trabalho sentada numa cadeira e acompanhada pelo pai. No mesmo dia, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, dada a mediatização do caso, anunciou que ela iria entrar novamente de baixa médica até que a CGA reapreciasse o caso.

No entanto, a Junta Médica recusou a reforma antecipada, considerando que a funcionária não se encontrava “absoluta e permanentemente incapaz” para o trabalho.

Ana Maria não regressou ao trabalho, metendo nova baixa médica.



Ana Maria quer caso novamente analisado
Ponte de Lima: Funcionária renova baixa médica
04 Janeiro 2008 - Correio da Manhã

Ana Maria brandão, a funcionária pública de Ponte de Lima a quem a Caixa Geral de Aposentações negou a reforma antecipada, revelou esta sexta-feira que a sua médica de família renovou a sua baixa por mais um mês. No entanto, a trabalhadora aguarda apenas que entrem em vigor as novas regras das juntas médicas para pedir que reapreciem o seu caso novamente.

"Estou cada vez pior, praticamente não me consigo mexer, querem que trabalhe como?", questionou Ana Maria, garantindo que fará tudo o que estiver ao seu alcance para "corrigir esta injustiça".

Segundo as novas regras, as juntas médicas passarão a ser constituídas exclusivamente por médicos, podendo o doente escolher um dos clínicos.

Ana Maria Brandão informou que já falou com o neurocirurgião que tem acompanhado o seu caso, tendo o médico mostrado-se disponível para interceder a seu favor.

Recorde-se que esta funcionária administrativa da Junta de Freguesia de Vitorino de Pião, concelho de Ponte de Lima, na sequência de uma operação mal sucedida a uma hérnia discal, realizada em 1998, perdeu a mobilidade, usando uma colar cervical dia e noite, uma braçadeira e uma cinta lombar.

Após três anos de baixa, foi obrigada a regressar ao trabalho a 5 de Novembro, tendo cumprido o seu horário de trabalho sentada numa cadeira e acompanhada pelo pai. No mesmo dia, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, dada a mediatização do caso, anunciou que ela iria entrar novamente de baixa médica até que a CGA reapreciasse o caso.

No entanto, a Junta Médica recusou a reforma antecipada, considerando que a funcionária não se encontrava “absoluta e permanentemente incapaz” para o trabalho.



Caso Ana Maria Brandão: Junta de Vitorino de Piães deixou de pagar vencimento à funcionária
17 Janeiro 2008 - radiogeice.com

A Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, em Ponte de Lima, deixou de pagar o vencimento à sua funcionária administrativa, a quem a Caixa Geral de Aposentações negou reforma antecipada, disse à Geice Carlos Lemos, adiantando que a junta já não pagou o salário de Dezembro à funcionária, Ana Maria Brandão, de 43 anos, alegadamente por "indicação oral" da Direcção-Geral de Protecção Social aos Funcionários (ADSE). "Neste momento, e perante as mudanças na lei, não sabemos muito bem o que havemos de fazer e, pelo sim pelo não, decidimos suspender o pagamento do vencimento. Estamos à espera que a ADSE nos diga, por escrito, se estamos a actuar dentro da legalidade ou não", acrescentou Carlos Lemos.

“A Junta de Freguesia anda, há mais de três anos, a pagar o vencimento à funcionária e as despesas com deslocações aos médicos sem nunca beneficiar dos seus serviços", frisou. Portadora de cervicalgia e lombalgia degenerativas, Ana Maria diz-se “perplexa” com a situação, “pois tenho apresentado os atestados e os recibos”, salientou. Ana Maria Brandão esteve três anos de baixa mas a 05 de Novembro de 2007 foi obrigada pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) a regressar ao trabalho, tendo cumprido o horário laboral sentada numa cadeira e encostada a uma parede, sempre acompanhada pelo pai. Nesse mesmo dia, e perante a exposição mediática do caso, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou que ela iria entrar novamente de baixa médica até que a CGA procedesse à reapreciação do caso. A 20 de Novembro, Ana Maria foi avaliada por nova Junta Médica, no Porto, onde, segundo garantiu, não lhe fizeram quaisquer exames, "mas apenas muitas perguntas", nomeadamente sobre como começou a sua doença. Nove dias mais tarde, foi notificada pela CGA de que o seu pedido de reforma antecipada fora indeferido após a Junta Médica de recurso ter considerado que não se encontrava "absoluta e permanentemente incapaz" para o trabalho. Ana Maria não se apresentou ao trabalho e entretanto já meteu dois novos atestados de baixa, passados pela sua médica de família, e cada um por 30 dias, o que lhe permite estar em casa até inícios de Fevereiro. Ana Maria vai pedir uma nova Junta Médica de recurso, desta feita já ao abrigo da nova legislação, que preconiza que as juntas médicas passam a ser exclusivamente compostas por médicos e que o doente possa indicar um deles.



St.ª Comba Dão: Cantoneiro revoltado
É uma injustiça
02 Fevereiro 2008 - Correio da Manhã

Uma junta médica da ADSE considerou “apto para trabalhar” um homem que foi operado à coluna, não se pode baixar e precisa de muletas para trabalhar. O doente, cantoneiro de limpeza, apresentou-se ao serviço na Câmara Municipal de Santa Comba Dão mas foi mandado de volta para casa, continuando a receber o ordenado como se estivesse a trabalhar.

“É um injustiça. Os médicos da junta mandaram-me trabalhar quando nem sequer me posso baixar”, desabafa José Branquinho, que se magoou ao cair de um muro, em Outubro de 2006. Foi operado no Hospital de Viseu, onde lhe colocaram três próteses noutras tantas vértebras. Continua com dores e nunca mais caminhou sem as muletas.

Após ter estado de baixa foi convocado para comparecer junto de uma junta médica da ADSE, em Coimbra. “Levei os exames mas mesmo assim disseram que estava bom para trabalhar”, adianta.

No dia seguinte, apresentou-se de muletas ao serviço na Câmara de Santa Comba Dão. “Os engenheiros confirmaram que eu não tenho condições para trabalhar e mandaram-me para casa. Na próxima semana vou entrar de férias”, refere o cantoneiro. A sua esposa, Maria de Fátima, lamenta que “após 30 anos de descontos, o marido tenha que passar por uma situação destas”.

O presidente da Câmara Municipal de Santa Comba Dão ficou também “revoltado” com o caso, que descreve como “ridículo e vergonhoso”. “Eu não sou médico, mas basta olhar para o senhor e vemos que ele não tem as mínimas condições para trabalhar”, adiantou João Lourenço, salientando que o cantoneiro “deveria ser reformado por incapacidade física”.

JUNTAS MÉDICAS
ANA MARIA BRANDÃO
A funcionária da Junta de Vitorino de Piães, Ponte de Lima, viu ontem ser-lhe renovada a baixa. A Ana Maria Brandão, que tem dificuldades em mexer-se, já foi negada a reforma por invalidez por duas vezes.

NOVAS REGRAS
As novas regras que anteontem entraram em vigor estipulam que as juntas médicas da Caixa Geral de Aposentações e da ADSE passam a ser compostas só por médicos. Chumbar num recurso custará 25 euros.




Ana Maria Brandão com mais um mês de baixa
05 Março 2008 - Diário de Noticias

De baixa em baixa, esta é a sina da funcionária pública de Ponte de Lima, vítima de uma doença degenerativa que a faz depender de terceiros para "sobreviver". Depois de ver dois pedidos de reforma antecipada recusados pela Caixa Geral de Aposentações (CGA), Ana Maria Brandão está de baixa médica desde Dezembro, por depressão e assim vai continuar pelo menos durante mais 30 dias.

"A minha vida agora é isto. De baixa, sem salário e a depender dos meus pais para comer e comprar medicamentos", afirmou ao DN Ana Brandão, depois de segunda-feira ter visto a médica de família renovar-lhe a baixa. "Só queria que me dessem paz para lutar contra a minha doença", conta, desiludida. Entretanto, já pediu à CGA o respectivo processo clínico de forma a solicitar uma nova (a segunda) junta médica de recurso, mas esta já ao abrigo das novas regras, que recentemente entraram em vigor.

Portadora de cervicalgia e lombalgia degenerativas, Ana Maria Brandão, de 44 anos, funcionária administrativa da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, em Ponte de Lima, esteve três anos de baixa mas a 5 de Novembro de 2007 foi obrigada pela CGA a regressar ao trabalho. Tal como faz no seu dia-a-dia, cumpriu o horário laboral sempre acompanhada pelo pai, sentada numa cadeira, encostada a uma parede. Isto até que o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciou que entraria novamente de baixa médica até que a CGA procedesse à reapreciação do caso, o que acabaria por ditar, nesse mesmo mês, novo "chumbo".

Para agravar a situação, já não recebe o salário desde Dezembro, depois de a junta ter decidido, unilateralmente, que Ana Maria iria de "licença sem vencimento".

"Mas eu pedi alguma coisa dessas? Deixam de me pagar, não me dão satisfações, mais pareço um boneco", afirma Ana Maria Brandão, revoltada.



Ponte de Lima: Funcionária da Junta de Vitorino de Piães recuperou
“Foi uma graça do Cristo crucificado”
01 Julho 2008 - Correio da Manhã

O espanto é geral entre a população de Vitorino de Piães, Ponte de Lima. Depois de toda a polémica em torno da reforma recusada e de oito meses de baixa médica por causa de doença supostamente degenerativa e incapacitante, a funcionária pública Ana Maria Brandão apresenta-se sem qualquer limitação física e aparentemente de boa saúde. Fala-se num milagre que terá ocorrido no Bom Jesus, em Braga.

"Foi uma graça do Cristo crucificado. Ela bem merecia, depois de quatro anos a sofrer, acamada e sem poder fazer nada", atestou Maria das Dores Lima, uma conterrânea de Ana Maria, contando que o suposto milagre terá ocorrido no feriado do Corpo de Deus.

Com uma cervicalgia e uma lombalgia degenerativas – após problemas em operações à coluna –, Ana Maria deslocou-se ao santuário do Bom Jesus, com a irmã e o afilhado. "O miúdo começou a chorar e a pedir ao Senhor para ajudar a madrinha, que estava em sofrimento e que sentiu um grande calor por ela abaixo. Mas só ao chegar a casa se apercebeu de que conseguia andar", descreveu Dores Lima.

No entanto, contactado pelo CM, o arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, disse desconhecer qualquer informação sobre este caso.

A mudança física de Ana Maria – que ontem esteve incontactável – é de tal ordem que estaria pronta para regressar ontem ao seu trabalho como funcionária administrativa na Junta de Vitorino de Piães. Isso não se verificou porque a autarquia abriu um processo disciplinar e suspendeu Ana Maria .

"Ainda bem que a Ana Maria está melhor. Compreendemos a sua situação, mas na gestão de coisas públicas, como é a Junta, temos de garantir a legalidade. A lei diz que a Ana Maria teria de se apresentar ao trabalho após a Junta Médica, mas ela optou por apresentar novo atestado. Além disso, os atestados de funcionários públicos têm de ser passados por médicos da ADSE e não por médicos de família", explicou ao CM o secretário da autarquia, Carlos Lemos.

EVOLUÇÃO

VENCIMENTO

Ana Maria Brandão, que estará sob acompanhamento psiquiátrico, não aufere vencimento desde final de 2007. Por aconselhamento jurídico, a Junta deixou de pagar.

REAPRECIAÇÃO

Após três anos de baixa, Ana Maria viu ser recusado o pedido de reforma pela Caixa Geral de Aposentações. Teve de se apresentar ao trabalho a 5/11/2007. O ministro das Finanças pediu reapreciação do caso, mas o veredicto final não se alterou.

CRÓNICA

Em Janeiro de 2007, o neurocirurgião Joaquim Couto Reis classificou a doença de Ana Maria como "crónica" e que a "incapacita" para o exercício da sua actividade.

A ANDAR

Hoje, Ana Maria já anda, lentamente, sem qualquer ajuda. Tirou o colar cervical, braçadeira e cinta lombar. Está mais magra. Não pode fazer grandes esforços.



Caso Ana Brandão: Junta de freguesia instaurou processo disciplinar à funcionária pública
Jul 01, 2008 - radiogeice.com

A Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, em Ponte de Lima, poderá despedir a funcionária administrativa que reclama reforma antecipada por alegada doença, na sequência do processo disciplinar que lhe instaurou, informou o presidente da Autarquia. Luís Lima disse à Geice que o processo disciplinar foi instaurado a 23 de Junho e está a ser conduzido pelo advogado da Junta, podendo culminar com o despedimento da funcionária, caso se comprove que ela violou as normas e as leis que regem o trabalho dos funcionários públicos. O autarca diz ainda que Ana Maria Brandão "se encontra num estado óptimo de saúde e que deveria ontem ter comparecido ao trabalho, mas não fez".

Ana Maria Brandão, 44 anos, reclama reforma antecipada, por causa de uma cervicalgia e uma lombalgia alegadamente degenerativas, mas as sucessivas juntas médicas a que se sujeitou sempre lha recusaram, considerando que não se encontra "absoluta e permanentemente incapaz" para o trabalho. Após três anos de baixa, Ana Maria foi obrigada, a 05 de Novembro de 2007, pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) a regressar ao trabalho. A 20 de Novembro, Ana Maria foi avaliada por nova Junta Médica, no Porto, que voltou a indeferir o pedido de reforma antecipada, considerando que não se encontrava "absoluta e permanentemente incapaz" para o trabalho. Ana Maria não se apresentou ao trabalho e continua em casa, de baixa, até hoje, graças a sucessivos atestados passados pela sua médica de família. A Junta já não paga o vencimento de Ana Maria desde Dezembro de 2007, por "suspeitar" que existam irregularidades" em todo este processo., refere o presidente da Junta de Vitorino de Piães. A Geice tentou falar com Ana Maria Brandão, mas a funcionária esteve sempre incontactável.


Ponte de Lima: Funcionária da Junta de Vitorino de Piães
Ana é seguida por psiquiatras
02 Julho 2008 - Correio da Manhã

Ana Maria Brandão, funcionária da Junta de Freguesia de Vitorino de Piães, Ponte de Lima, prefere, para já, não abordar publicamente a evolução do seu estado de saúde, depois de ter melhorado de uma grave doença degenerativa.

O seu estado de saúde levou a um pedido de reforma, recusado pela Caixa Geral de Aposentações, apesar de três anos e meio em baixa médica. A doença foi confirmada pelo neurocirurgião Couto Reis, que prefere também não falar sobre o caso. Ana Brandão está suspensa enquanto decorre um processo disciplinar. Na freguesia, os moradores, sempre sob reserva, dividem-se quanto à credibilidade de um milagre no santuário do Bom Jesus, em Braga, que tirou Ana Maria de uma vida dependente.

Todos reconhecem que Ana Maria, que continua sob tratamentos no Porto, não parece a mesma mulher desenganada pelos médicos.

São muitos os amigos que acreditam numa graça recebida por força da fé católica, mas há também quem admita a existência de influências de foro psicológico, lembrando que Ana Maria se encontrava sob acompanhamento psiquiátrico.

Agora, Ana Maria Brandão já não usa o colar cervical nem a cinta lombar. Move-se pelo seu pé, devagar, sem qualquer ajuda. Escreve e está visivelmente mais magra.


OS MILAGRES PAGAM-SE
Ferreira Fernandes
02 Julho 2008 Diário de Noticias

Em Novembro, o País soube que Ana Maria, de 44 anos, tinha uma cervicalgia degenerativa. Não sei bem o que é mas pareceu- -me grave na foto. Sim, Ana Maria teve foto nacional: com colar cervical e cinta lombar. Pois apesar disso, a Caixa Geral de Aposentações obrigou- -a a voltar ao trabalho - ela era funcionária de uma Junta de Freguesia, em Ponte de Lima - onde não ia há três anos. Uma daquelas histórias que nos fazem abanar a cabeça: só neste País! Agora, ficámos a saber que esta história era ainda mais deste País do que temíamos. Tendo de passar por uma junta médica, que devia pôr a coisa a limpo, Ana Maria foi antes ao Bom Jesus, em Braga. E aí sentiu um daqueles formigueiros que precedem os milagres. É, ficou boa. A Junta de Freguesia deveria convidar Ana Maria a devolver, em dobro, os três anos de salário que recebeu sem trabalhar. Não para repor a justiça, isso temo que Ana Maria não compreenda. Mas, em linguagem que ela entenderia, para pagar uma promessa.


Não sei se algum dos amigos chegou até aqui, mas vou ser positivo e pensar que ainda estão aí todos com os olhos cravados no post e com formigueiro para saberem o que o Procrastinador reservou para o final.

Lembram-se ainda do que estava-mos a falar antes desta compilação???

Exactamente… o Procrastinador tinha feito duas perguntas:

O que realmente é um milagre?

Qual a verdadeira finalidade de um milagre?

E sugeriu que se meditasse um pouco.

E como caso pratico escolhi o caso da Anita…

É ou não é um milagre o caso da Ana?

SIM! Muito provavelmente… LIGHT!

O que realmente é um milagre neste caso?

O verdadeiro milagre, foi a Ana Maria com as suas maleitas todas, ter feito uma peregrinação ao Santuário do Bom Jesus de Braga, e não ter utilizado o elevador.

Qual a verdadeira finalidade do milagre neste caso?

Ana Maria Brandão queria a reforma e ninguém lha deu, agora só restava trabalhar… trabalhar e estar doente não liga muito bem por isso só lhe restava melhorar. Porém ficar com saúde de um dia para o outro era meio caminho para uma série de processos cíveis e quiçá criminais. Por isso julgo que meteu uma cunha ao Bom Jesus.

Mas… "Um milagre é uma violação das leis da natureza" e neste caso parece-me que as leis violadas não serão as naturais.

Um Abraço
O Vosso Procrastinador

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